A (arte da) conversa integra os alicerces da nossa cultura: quase toda a filosofia grega foi construída mediante o intercâmbio de ideias em simpósios, passeios e banquetes. Se avançarmos mais uns séculos, verificamos que o pensador francês Michel de Montaigne colocou inclusivamente esta ideia em prática numa época de confrontos e matanças. Como o fez? Salvou-se «desta e daquela investida respondendo com comezainas e conversas a quem o atacava à ponta de sabre».
A conversa é talvez a fábrica de ideias mais extraordinária que temos ao nosso dispor para modificarmos as nossas experiências emocionais e reinterpretarmos a nossa própria história; o seu efeito é tão geral que se estende a todos os domínios da cognição.
Graças ao diálogo, conseguimos ver o que os outros veem (e assim corrigir a falibilidade), praticar a escuta interna e detetar erros do nosso raciocínio – que, sem conversarmos, nos passariam despercebidos.
Apresentando as últimas descobertas da investigação contemporânea e casos verídicos, o físico de formação e figura cimeira internacional nos domínios da neurociência cognitiva da aprendizagem e da tomada de decisões Mariano Sigman revela, em O Poder das Palavras – A Arte de Conversar, a importância do diálogo para sermos mais amáveis com as pessoas de quem mais gostamos, assumirmos o controlo da nossa vida emocional e descobrirmos quem somos.
Um interessante e divertido exercício de reflexão que chega às livrarias nacionais já a 13 de junho.