Vários de nós (ainda Círculo de Leitores) ficámos para sempre ligados ao momento em que, numa audiência pública em março de 2014, fomos oferecer ao Papa Francisco a obra completa do Padre António Vieira.
Éramos uma comitiva constituída pela matriarca da Porto Editora, Dra. Rosália Teixeira, e sua filha Graciete Teixeira, o reitor cessante da Universidade de Lisboa António Sampaio da Nóvoa e o novo reitor António Cruz Serra, José Eduardo Franco, que dirigiu com Pedro Calafate a publicação da obra completa, e duas das suas colaboradoras, Aida Sampaio de Lemos e Joana Balsa de Pinho, os administradores Paulo Oliveira e João Alvim, eu e o editor Jorge Garcia, Joaquim Franco, que fez a cobertura para a SIC, e Florentino Franco, que tudo fotografou.
Esta graça de podermos estar na Praça de São Pedro neste dia especial foi-nos concedida pela grande ligação ao bispo D. Carlos M. Azevedo que também dirigiu a História Religiosa e o Dicionário de História Religiosa de Portugal, duas das inúmeras obras de investigação publicadas pelo Círculo de Leitores.
Ouvir o Papa Francisco e interiorizar as suas palavras é inesquecível, por mais extraordinário que vos possa parecer. Ele falava para mim, talvez cada um de nós o sentisse da mesma maneira, ele falava para todos e tocava cada um dos presentes com as suas palavras.
Foi emocionante, foi belo e luminoso.
Foi único e galvanizante.
Estou grata por ter sido convidada a estar presente.
Na Temas e Debates, Frei Bento Domingues, a irmã Maria Julieta Mendes Dias e António Marujo também me ligam ao Papa Francisco com o livro de Frei Bento Francisco – O Papa que Põe a Igreja a Mexer. Estou-vos grata pela forte ligação de amizade que existe entre nós e perdurará.
Maria João Avillez deu-me a alegria de ser a editora do seu livro Francisco, O Caminho, entrevista que lhe foi concedida pelo Papa Francisco em 2022, antecedendo a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa. Estou-lhe grata.
Tivemos, eu e Isabel Mafra, a grande alegria de publicar Terra, Casa, Trabalho – Discursos aos Movimentos Populares, livro com os três principais discursos do Papa Francisco sobre a injustiça social e económica. Um documento fundamental que infelizmente teve poucos leitores portugueses. Mas neste livro há várias mensagens que são sagradas:
«O futuro da humanidade não está unicamente nas mãos dos grandes dirigentes, das grandes potências e das elites. Está fundamentalmente nas mãos dos povos, na sua capacidade de se organizarem». E ainda: «Peço-vos, em nome de Deus, que defendais a mãe Terra».
Estas duas citações decorrem do discurso a 9 de julho de 2015 na Bolívia.
Papa Francisco: Estou grata pelo seu legado que nos permite a esperança na humanidade e na força de resistir.
Guilhermina Gomes
Diretora Editorial da Temas e Debates