2023-08-23

Entre os Açores, Jerusalém e os ecos das Descobertas: «A Capitoa», a nova incursão de João Paulo Oliveira e Costa no romance histórico

«Subitamente, o olhar de Rufino fixou-se num rosto delgado de pele alisada, imaculada, com uns olhos negros intensos, que irradiavam felicidade, uns lábios grossos, vermelhos, que esboçavam um sorriso doce, e uma cabeleira igualmente negra presa numa trança, segurada por uma fita azul; […] e Rufino pensou que nunca vira uma mulher tão bonita.»

Sobre este amor e esta paixão, a fé e a procura de redenção, e os desafios e transformações de um mundo em mudança: sobre tudo isto e muito mais versa A Capitoa, nova e fascinante incursão de João Paulo Oliveira e Costa no romance histórico.

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Jerusalém, 4 de março de 1528.

 

Um peregrino sonha com o dia, cinquenta anos antes, em que chegou à ilha do Faial e se apaixonou por D. Brites de Macedo, esposa de Jos Dutra, o primeiro capitão do Faial e do Pico. Porém, despertando, rapidamente se apercebe do lugar em que está e do motivo que o levou a aí aportar – afinal, havia sido por pedido da sua amada que viajara para a Terra Santa a fim de expiar os pecados de ambos…

 

Inspirada em factos verídicos, particularmente na figura de D. Brites de Macedo – que, tendo enviuvado em 1495 do primeiro capitão do Faial e do Pico, ficaria mais tarde conhecida como a capitoa – esta obra leva-nos a terras e mares agitados pelas novidades das Descobertas.

 

Entre geografias várias, dos Açores a Jerusalém, e numa escrita plena de entusiasmo com formidáveis pinceladas de humor, João Paulo Oliveira e Costa recria a inebriante atmosfera dos séculos XV e XVI, e apresenta-nos uma galeria de personagens com inesquecíveis idiossincrasias – num romance onde não faltam amores proibidos, assassinatos, um padre anão e outro que pode ser herege (ou não), uma estalagem chamada Peter’s e um navio que explode.