A Mulher do Boticário
Ao contrário do que se costuma dizer, a medicação não melhorou durante a Revolução Científica. No entanto, de alguma forma, entre 1650 e 1740, a mulher doméstica e o médico trocaram de lugar na consciência cultural: ela tornou-se a curandeira ineficaz e potencialmente perigosa; ele, o especialista conhecedor e fiável.
Os profissionais normalizaram a ideia de as pessoas lhes pagarem por aquilo que já recebiam em casa gratuitamente, lançando as bases da chamada Big Pharma e do atual sistema global de medicamentos com fins lucrativos.
Através de uma rigorosa investigação de arquivos, a autora analisa questões relacionadas com os cuidados de saúde globais, tanto no passado como no presente, abrangendo um vasto leque de lugares em todo o mundo.