Em Defesa do Futuro

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SINOPSE

«Um político a sério é aquele que se preocupa com o seu país acima de tudo, aquele que é patriota e busca não o seu bem-estar pessoal, mas sim o do país a que pertence.»

«O País está num impasse, sem saída. Não há qualquer estratégia. Tudo está parado e a incerteza quanto ao futuro é enorme.»
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CRÍTICAS DE IMPRENSA

«Um político de relevo aparece com frequência nas crónicas de enredos quotidianos do seu partido; o que é raro é continuar a aparecer quando tem 89 anos. Mas é assim a singular vida pública de Mário Soares. Foi tudo em Portugal: ex-primeiro-ministro português, ex-Presidente da República e ex-secretário-geral do Partido Socialista português, entre outras coisas. Agora tornou-se uma espécie de consciência viva do País, de símbolo puro da social-democracia europeia e uma referência para toda a esquerda. Sim, é claro: mas como as grandes palavras não bastam para preencher o dia a dia, Soares, além disso, demarca-se nos artigos das agitações do seu partido, dirige uma ativa fundação que tem o seu nome, manifesta opinião nos jornais quanto a tudo que envolva polémica, desde Angela Merkel até à troika, aos mercados, ao Governo ou às praxes de caloiros universitários.»

Antonio Jiménez Barca, El País
«Mário Soares é, na opinião da enorme maioria dos portugueses, a figura política chave do País nas últimas décadas. Com os seus quase noventa anos, lança com regularidade as críticas mais duras que são dirigidas ao Governo e ao Presidente da República, porque ele, como meio Portugal, apela ao ressurgimento do espírito da Revolução de Abril.»

Carlos Punzón, La Voz de Galicia

DETALHES DO PRODUTO

Em Defesa do Futuro
ISBN: 9789896443078
Edição/reimpressão: 07-2014
Editor: Temas e Debates
Código: 000281000432
Idioma: Português
Dimensões: 155 x 240 x 24 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 376
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros > Livros em Português > Política > Política em Geral
Político e ex-presidente da República, Mário Alberto Nobre Lopes Soares nasceu em 1924 e faleceu em 2017. Oriundo de uma família com tradições políticas republicanas liberais, participou ativamente, desde a juventude, em atividades políticas contra o Estado Novo, o que lhe acarretou a passagem pelas prisões da polícia política e o exílio, primeiro em S. Tomé e depois em França, onde o 25 de abril de 1974 o encontraria. Advogado, defendeu em tribunais plenários numerosos opositores do regime, tendo-se destacado como representante da família Delgado nas investigações sobre as circunstâncias e responsabilidades da morte do "General sem Medo". Oposicionista declarado, apresentou-se como candidato em atos eleitorais consentidos pelo regime, nunca sendo, obviamente, eleito.
Dirigente da Acção Socialista Portuguesa, é um dos fundadores do Partido Socialista (1973), de que será o primeiro secretário-geral. Após o levantamento dos capitães em 1974, regressa prontamente a Portugal, ocupando a pasta dos Negócios Estrangeiros, passando a ser responsável pelo estabelecimento de relações diplomáticas com diversos países do mundo e pelas negociações que levariam à independência das colónias portuguesas.
No plano da política interna, destaca-se principalmente pela oposição à influência política e social de comunistas e partidos de extrema-esquerda, combatendo, não só o peso daqueles dentro das instituições militares e no aparelho de Estado, mas também a proposta de unicidade sindical.
Será primeiro-ministro de três governos constitucionais, assumindo o poder sempre em situações de grande gravidade (instabilidade resultante do PREC, crise financeira, etc.), governando ora com o apoio exclusivo do seu partido ora em coligação, consoante a relação de forças estabelecida no Parlamento. Será o segundo presidente da República eleito democraticamente após o restabelecimento da democracia, cumprindo dois mandatos sucessivos entre 1986 e 1996, durante os quais se empenhou repetidamente, quer na dinamização das relações externas, quer na auscultação das aspirações e reclamações populares, através de "presidências abertas" que o levaram a percorrer praticamente todo o território nacional. Quando saiu de Belém não regressou às fileiras do partido em cuja fundação teve significativo papel. No seu discurso de despedida ao povo português, deixou claramente expresso o desejo de se afastar definitivamente da política ("política nunca mais") e de se dedicar a outras atividades, particularmente à escrita. Em 1998 recebeu um convite da ONU, para chefiar uma missão de informação à Argélia, reunindo várias personalidades escolhidas por Kofi Annan. O objetivo desta missão foi observar a situação vivida neste país através do contacto com organizações políticas, representantes de jornais e visitas a vários locais.
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