2018-03-16

«Portugal à Lei da Bala», de António Luís Marinho e Mário Carneiro: terrorismo e violência política no século XX

Somos mesmo um povo de brandos costumes?

Partilhar:
O livro «Portugal à Lei da Bala», da autoria dos jornalistas António Luís Marinho e Mário Carneiro – que inclui uma “conversa à laia de prefácio” com Carlos Antunes – vem dar resposta à pergunta que muitas vezes se faz: são os portugueses um povo de brandos costumes?

Esta obra, que chega hoje às livrarias, consiste numa investigação original dos períodos de violência política em Portugal, desde o fim do Regime Monárquico, passando pela agitada e breve Primeira República e pelos 48 anos de Ditadura, até à violência pós-revolução de abril de 1974.

«Portugal à Lei da Bala» está também enriquecido com ilustrações da época, recolhidas em periódicos como O Século, o Diário de Lisboa e A Capital.

«Do que falamos exatamente quando classificamos um ato violento de terrorismo? Por definição, trata-se da dominação pelo terror. Uma forma violenta para pressionar ou coagir um governo, ou uma sociedade. A violência terrorista foge, por isso, às “regras” da guerra tradicional, introduzindo meios como os assassinatos, sequestros, atentados bombistas ou raptos, usados por vezes indiscriminadamente, criando o ambiente propício à instalação do medo na sociedade. A criação de um clima ou de uma sensação constante de insegurança é o objetivo fundamental do terrorismo.»