«Tudo o que sou é carne, fôlego e razão.» Meditações, Livro II, de Marco Aurélio.
Marco Aurélio governou o Império Romano de 161 a 180, mas foi pelo seu caderno de notas pessoais que ficou conhecido. Um clássico do autoperfeiçoamento, Meditações foi publicado pela primeira vez em 1558, tornando-se um dos livros mais populares e influentes de todos os tempos. A obra, escrita por Marco Aurélio «para si mesmo», reúne um conjunto de ensinamentos baseados na filosofia estóica, que defende a necessidade de «viver em acordo com a Natureza», isto é, de viver racionalmente. Para o imperador, o Estoicismo, uma corrente filosófica com origem na Grécia que se tornou muito popular em Roma, não era apenas um interesse intelectual, mas uma forma de estar, que influenciava todos os aspetos da sua vida, incluindo o seu papel enquanto chefe máximo do maior império do Ocidente.
Para compreender Marco Aurélio, o seu carácter e a forma como governou Roma, é preciso perceber a importância que o Estoicismo tinha para ele, e como o imperador estava empenhado «num projeto de autoaperfeiçoamento moral e terapêutico», que procurou conciliar com o exercício do poder e as pressões políticas a que estava diariamente sujeito. Em Marco Aurélio – O Imperador Estoico, Donald J. Robertson, autor de How to Think Like a Roman Emperor: The Stoic Philosophy of Marcus Aurelius e Stoicism and the Art of Happiness, baseou-se em fontes antigas, como a História Romana, de Dião Cássio, e as cartas trocadas entre o governante e o seu tutor de retórica, Marco Cornélio Frontão, para revelar «Marco Aurélio, o homem» e mostrar como este aplicou a filosofia estoica que familiares e tutores lhe ensinaram «aos enormes desafios que teve de enfrentar enquanto imperador.
Marco Aurélio – O Imperador Estoico chega às livrarias a 1 de agosto, com chancela da Temas e Debates e tradução de Mário Dias Correia.