Esta é uma história pessoal da Europa.
De pessoas, locais, acontecimentos. De vitórias e catástrofes, realizações e erros. «De grandes homens que se revelaram tão pequenos e homens e mulheres ‘comuns’ que se mostraram grandes.»
Esta é uma história ilustrada pela memória desde 1945 até aos dias de hoje de um dos maiores nomes da análise de temas europeus – ele que assistiu da primeira fila a muitos dos acontecimentos que relata.
Na sua obra mais pessoal, que é, em simultâneo, uma interpretação da história da Europa dos quadros temporais imbricados do pós-guerra e do pós-Muro, Timothy Garton Ash, Professor de Estudos Europeus da Universidade de Oxford e colunista do Guardian, historiador do presente e «europeu inglês», assina um excecional ensaio sobre o modo como o Velho Continente se reconstituiu após a Segunda Guerra Mundial.
«O período do pós-Muro da Europa não foi um tempo de paz ininterrupta. Ele foi pontuado pela desintegração sangrenta da ex-Jugoslávia, nos anos 1990, pelas atrocidades terroristas em muitas cidades europeias, pela agressão da Rússia contra a Geórgia, em 2008, pela sua tomada da Crimeia, em 2014, e pelo conflito armado subsequente e ainda em curso na Ucrânia oriental. Apesar disso, para a maioria dos europeus, este período também poderia ser descrito como a Paz dos Trinta Anos, que chegou ao fim com a invasão russa em grande escala da Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, dando início a uma guerra […] e um horror que não haviam sido vistos na Europa desde 1945. E é em 1945 que a nossa história tem de começar.»
Recorrendo a diários, fotografias, recordações e leituras, bem como às melhores fontes primárias e aos trabalhos académicos mais recentes, Timothy Garton Ash analisa, em Pátrias, oito décadas de transformações na história europeia – desde o pós-guerra até à invasão russa da Ucrânia. Das memórias do seu pai acerca do Dia D até à vigilância de que ele próprio foi alvo pela Stasi, das entrevistas aos guerrilheiros albaneses na montanhas do Kosovo até às experiências como consultor de primeiros-ministros, chanceleres e presidentes, o autor assina, na sua obra mais pessoal, e com a profundidade e perspicácia habituais, uma história pessoal do Velho Continente que é também um apelo a preservar o sonho desse projeto político a que chamamos «Europa» – e que defende os ideais de paz, liberdade e prosperidade.