A 8 de julho a Temas e Debates publica Os Habsburgos, do historiador Martyn Rady, a história definitiva da ascensão e queda de uma das maiores dinastias europeias, a primeira família global que reinou sobre um império no qual o Sol jamais se punha, do Peru às Filipinas, e que ao longo de quase dez séculos moldou os destinos da Europa e do mundo.
Com origens modestas na atual Suíça, os Habsburgos tornaram-se senhores do Sacro Império Romano-Germânico no século XV. Depois, no intervalo de poucas décadas, as suas possessões passaram a incluir grande parte da Europa, estendendo-se da Hungria a Espanha, além de regiões do Novo Mundo e do Extremo Oriente. A política, economia, cultura e filosofia europeias foram fortemente influenciadas pelos Habsburgos ao longo de várias gerações e a família continuou a dominar a Europa Central até à catástrofe da Primeira Guerra Mundial. O último imperador austro-húngaro viria a morrer no exílio, na ilha da Madeira. Neste livro, Martyn Rady narra a epopeia de uma dinastia e do mundo que ela edificou – e depois perdeu – ao longo de quase um milénio.
A história contada por Martyn Rady sobre esta família peculiar é concisa mas bastante completa, profundamente informada, escrita com elegância e resulta numa leitura empolgante. Uma epopeia com mais de 900 anos de história, uma crónica da alta política europeia repleta de intrigas e interesses, que envolve religião, política, incesto, crime, loucura e assassínio. Claro, exaustivo e espirituoso, este livro permite decifrar os segredos dos Habsburgos e revela as razões para a incrível tenacidade desta família, animada pela crença de que o seu destino era dominar o mundo como defensora da Igreja católica, protetora da paz e promotora do saber.
«Durante meio milénio, dos séculos XV ao XX, os Habsburgos contaram-se entre as dinastias mais importantes da Europa e, durante vários séculos, os seus domínios chegaram ao Novo Mundo e para lá deste, fazendo do seu império o primeiro empreendimento global. O que se segue é, em parte, a sua história, mas é também, em parte, uma reflexão sobre o que significava, para os Habsburgos, serem senhores do mundo.»