Renunciando a entrar no campo da especulação ou da imaginação sem fundamento, Amaral e Barroca investigaram as pouco mais de sete dezenas de documentos disponíveis para escreverem a história da vida desta rainha, a mulher que se manteve durante quase 33 anos — acompanhada e sozinha — à frente dos destinos do Condado Portucalense.
« Teresa », que chegará às livrarias na sexta-feira, dia 31 de janeiro, revela-nos, assim, a condessa-rainha como uma personagem política fascinante, dotada de características singulares, que viveu e influenciou os momentos mais decisivos da formação do reino de Portugal.
«O conde D. Henrique, em 1108, parece infringir um pouco o tradicional formalismo diplomático e deixa transparecer o que pode ser interpretado como o lado mais humano da relação que ambos mantinham, referindo-se a D. Teresa como ‘a minha mulher formosíssima’ e ‘dulcíssima’ ou tratando-a como ‘a minha dileta esposa’. A coincidência de estes pergaminhos distarem menos de ano e meio do nascimento do infante D. Afonso Henriques, e de serem mais ou menos contemporâneos da primeira maternidade da condessa, poderá deixar entrever o sentimento que unia o casal.»