2018-01-09

Jean-Gabriel Ganascia responde às nossas inquietações em «O Mito da Singularidade»

Irá a inteligência artificial prevalecer sobre a humana?

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«O Mito da Singularidade», de Jean-Gabriel Ganascia, chegará às livrarias na sexta-feira, dia 12 de janeiro.



“Singularidade tecnológica” é a designação que se dá ao momento crítico em que a inteligência artificial prevalecerá sobre a humana. Como o próprio nome do livro indica, o autor desconstrói esta ideia, que considera ser um mito crescente.

O grande especialista mundial em inteligência artificial responde, neste livro, às nossas inquietações sobre a temática como: “devemos temer a inteligência artificial?”, “irá a inteligência artificial prevalecer sobre a humana?” ou “conquistaremos uma forma de imortalidade transferindo as nossas mentes para supercomputadores?”.

«Mesmo que as consequências anunciadas da grande viragem tecnológica da humanidade pareçam, em simultâneo, surpreendentes e desagradáveis, e até chocantes para alguns, porque recusam a ideia de homem que gostaríamos de ter conservado acima de tudo, e ainda mais a liberdade humana a que muitos continuam ligados, não podemos, tendo em vista a legitimidade intelectual e social dos seus autores, repudiá-las a priori, sem um exame aprofundado. É a razão pela qual nos propomos, aqui, explicar os fundamentos sobre os quais afirmam repousar, antes de discutirmos os seus significados, a sua verosimilhança e as suas implicações éticas e políticas. Interessam-nos em especial o horizonte temporal que se adivinha por trás dessas promessas, os seus paradoxos e as estranhas perspetivas que abre».

Referências internacionais:

«A singularidade é o ponto de viragem da evolução tecnológica – previsto para cerca de 2045 – em que as máquinas se tornarão autónomas e provavelmente incontroláveis, e em que os seres humanos poderão hibridar-se com um computador e talvez tornar-se imortais. Segundo Jean-Gabriel Ganascia, especialista em inteligência artificial, trata-se de esperanças e temores infundados. Para ele, a singularidade é um mito, alimentado pela ficção científica e algumas inovações – o módulo vocal Siri da Apple, o automóvel autónomo da Google ou o programa AlphaGo de DeepMind – cujas proezas não justificam a crença nos tecnoprofetas.»
Charles Perragin, Philosophie Magazine

«Um excelente livro que desconstrói um mito crescente e, em simultâneo, se interroga sobre o que constitui a sua dinâmica. Não há dúvida de que é preciso aliar o saber científico de um especialista em inteligência artificial à reflexão ética de um humanista para levar a bom porto esta análise tão necessária.»
Franck Damour, Études – Revue de Culture Contemporaine

«É claro que não podemos menosprezar os riscos inerentes a qualquer progresso tecnológico, mas devemos analisá-los mantendo o sangue-frio e a racionalidade, sem nos deixarmos enganar pelos “fabricantes de medo” que aproveitam o poder que a reputação ou o dinheiro lhes dá para nos confundirem. Sendo uma tarefa difícil, é preciso resistir-lhes e o livro de Jean-Gabriel Ganascia dá-nos os meios e o desejo de o fazermos!»
Marie-Odile Cordier, Interstices – Explorez les Sciences du Numérique

«Jean-Gabriel Ganascia demonstra que, quando se analisam os desenvolvimentos atuais da Inteligência Artificial (IA), nada indica que as máquinas possam um dia vir a ser autónomas. […] Isto não significa que não haja motivos de esperança ou de receio pela evolução da IA. Porém, conclui Ganascia, estas “fábulas extravagantes” conseguem desviar a nossa atenção das verdadeiras questões suscitadas pela IA, nomeadamente as da gestão e do controlo dos nossos dados pessoais.»
Thomas Lepeltier, Sciences Humaines