Trata-se de um conjunto de entrevistas aos que cresceram em tempos de liberdade, a ouvir as histórias da madrugada que viu nascer a democracia. Vinte e seis interlocutores que não só marcam o presente de Portugal, como o demarcam do que foi o quotidiano dos seus pais e avós. Anabela Mota Ribeiro reuniu uma amostra o mais heterogénea e abrangente possível no seu novo livro, Os Filhos da Madrugada.
A autora entrevistou um pastor evangélico, uma escritora negra, um professor catedrático cujo pai trabalhava na construção civil, uma conservadora de direita que veio de Angola, um homem de uma família laica que se converteu ao catolicismo em adulto, uma jovem mulher que pertence ao Governo de Portugal e tantos outros. Ainda que seja uma amostra incompleta, se fossem outros vinte seis os entrevistados, Portugal seria certamente outro também.