Antes de termos o mundo nas palmas das nossas mãos, há relativamente pouco tempo vários recantos do nosso planeta eram desconhecidos do grande público. Sir David Attenborough foi um dos pioneiros na desmistificação desses lugares, transportando milhares de pessoas para regiões maravilhosas e distantes do planeta, mostrando uma vida selvagem verdadeiramente notável, culturas distintas e paisagens deslumbrantes, com os seus documentários na BBC. As suas aventuras por terras longínquas transformaram-no no naturalista mais famoso do planeta. O livro que a Temas e Debates publica a 5 de agosto, Viagens ao Outro Lado do Mundo, é o seu relato das expedições que realizou a partir do fim da década de 1950, que o levaram ao outro lado do mundo, de Madagáscar e da Nova Guiné às ilhas do Pacífico e ao Território do Norte da Austrália. Um livro para quem gosta de viajar como os aventureiros de outrora e procura compreender de que modo se desenvolveu o conceito de proteção da vida selvagem. No fundo, esta é a continuação da história do homem que nos fez apaixonar pelo mundo natural e nos ensinou a importância de o proteger, e que ainda o faz.
Dos saltadores da ilha de Pentecostes e dos sing-sings da Nova Guiné à cerimónia da Kava Real em Tonga e à arte pré-histórica do Território do Norte australiano, esta é uma viagem como nenhuma outra. O jovem Attenborough e o seu operador de câmara procuravam mostrar não só a vida selvagem, mas também o modo de vida de povos indígenas destas regiões, cujas tradições eram desconhecidas do grande público britânico. Escrito com o encanto, o humor e a vivacidade característicos de David Attenborough, Viagens ao Outro Lado do Mundo é uma aventura inimitável entre pessoas, lugares e a mais extraordinária vida selvagem.
«Durante uma década, entre 1954 e 1964, tive todos os anos a imensa sorte de viajar até aos trópicos e fazer filmes sobre história natural. (…) Já passaram mais de setenta anos desde que regressámos da última dessas viagens. Muitas coisas mudaram, o que não é propriamente uma surpresa. (…) Contudo, deixei os relatos destes lugares e acontecimentos essencialmente tal e qual os escrevi.»